31 julho 2007

O Tantaprosa e o Darwin

Eu e a Marocas estamos escrevendo uma coluna semanal num blog. O Tantaprosa nasceu no lançamento do Sarabanda, da Ana, citado alguns posts pra baixo. O Ivan Antunes, do Tatu-bola nos apresentou alguns amigos que iam começar um blog com ele, cada dia um escreveria algo sobre um assunto diferente.

Eu e a Carol não resistimos, como poderia um blog só com homens? Aí decidimos que queríamos participar também, o olhar feminino ou algo assim. A gente sabia que, no fim, só ia ter bobagem na "coluna", mas tá valendo, porque escrever besteira é conosco mesmo!

Aqui vai o rascunho do que eu pensei em postar. Ela ainda vai alterar pra publicar no Tantaprosa, mas queria que o texto que eu escrevi fosse lido aqui também.

Hoje o tópico é a seleção natural e as relações entre mulheres e homens.

Tudo começa com uma anedota. Estávamos na Salsa, Carol e eu, dançando e cuidando dos nossos quadris, quando um homem alto, magro, loiro, de olhos azuis, adentra a pista com uma mocinha até bonita, com cara de brasileira. Ele com uma cara de gringo! Começam a salsar e ele não decepciona, sabe todos os passos direitinho, segura ela pela cintura bem juntinho, todos os "inhos" possíveis para um futuro casal. Ele tinha um olhar apaixonado e dançavam até lascivamente...

Eis que um outro homem, forte, moreno, está encostado numa parede perto do gringo-dançante. Por alguma razão a moça pára de dançar e vai ao bar. Na volta, comprimenta o morenão e fica conversando. O gringo olha, chupando dedo. Olha e espera a parceira de dança. E ela começa a tocar o peito do moreno, dar altas risadas, diríamos até oferecida... Depois de um bom tempo sendo ignorado, o gringo vai até ela, diz que já vai embora. Ela não tá nem aí, diz "tchau então!", se despede e ele sai, desapontado...

Eu olho pras Marocas, que olham de volta pra mim e eu falo: vou atrás dele, tadinho! Tá bem que era um gringo meio magrelo, mas fique com genuína pena dele ser tão descaradamente ignorado pela moça que há 5 minutos se agarrava nele... Achei que ele precisava de uma ajuda na auto-estima. Ele estava no caixa e eu fui pra saída do Conexión Caribe, esperando por ele... Os mojitos fazendo efeito, quanto ele passou por mim, disse sorridente: mas já? É cedo! Ele retruca num sotaque carregado: um outro dia, quem sabe...

É pra me servir de lição. Volto pra pista, Marocas rindo de mim pela minha cara-de-pau, olho pro lado e está a moçoila-que-arrasa-corações-estrangeiros se esfregando num pseudo-merengue com morenaço. E em dois minutos, num daqueles beijos cinematográficos que você pode até ver o tamanho das papilas gustativas...

Ficamos eu e Marocas pensando: pobre do gringo! A gente só sabia que esse ia ser nosso primeiro post, a seleção natural. Nós, cientistas que somos, concluímos que nesse caso, o macho mais forte conseguiu a fêmea disposta a copular, e não teve nem que se esforçar pra isso. Ela foi atraída como um míssil teleguiado até ele, deixando o gringo literalmente na mão.

Dois pontos importantes que servem pra nossa conclusão científica: o moreno tinha cara de cafa e o gringo cara de anjo; o moreno era bem forte, o gringo mais franzino. Fato é, nenhum dos fatores que levaram a mulher a escolher o moreno é garantia de uma boa noite de sexo ou algo que o valha. Na verdade, isso é uma ilusãio dentre as mulheres. Foi consenso entre as que presenciaram o mundo animal do chaveco que o moreno tinha pau pequeno. E que ela estaria, sem dúvida nenhuma, melhor com o gringo. Mas é tudo uma questão de aparência.

Na natureza, as leoas escolhem o leão mais forte, as sapas escolhem o sapo que inchar e parecer maior, o pavão com as penas maiores e mais belas sempre se dá bem. Acontece que quem vê pena não vê pau... ops, coração...

2 comentários:

Anônimo disse...

Ueba! Marocas estão de volta, morreeeeendo de frio. Ouvi rumores de um fase dois da nossa pesquisa sobre seleção natural versus relacionamentos na quinta, é isso?
Saudades da Catarina!

Beijocas!

Thiago Ponce de Moraes disse...

Cadê seus poemas inéditos?
E, puxa vida, que história triste a do gringo; risos.

Afinal, como não seria triste sendo história? =D

Beijos.