19 julho 2007

A Raposa

Acabei de chegar em casa. A cerveja atrapalhou um pouco os reflexos no trânsito, nada preocupante. Oi pai, cheguei. Boa noite, filha, durma bem. Você também, beijo. Beijo. O computador tá ligado há um tempão, desde ontem, que nem eu. Parece que não consegue dormir. Os pensamentos borbulhando na cabeça não deixam a gente descansar! E a luzinha da CPU piscando não deixa a gente dormir. A angústia só está passando agora, tive uma noite muito boa, foi isso... Acho que hoje vou dormir muito bem, desligar o computador e o cérebro. O jantar foi muito bom, donas Marocas são a melhor companhia... Comida boa, mais cerveja, muito papo. Não sei o que eu faria sem ela. Donas Marocas ajudam muito as Quatis. Jogando conversa fora, falando de homem (ai se eles soubessem), falando da vida. As Marocas são as amigas que as Quatis queriam ter há um bom tempo. É bem difícil sair do colegial e manter todo o grupo unido, sabe? Principalmente quando você está no centrão e o resto está no mosquiteiro que é a Cidade Universitária. Bah, a culpa não é a distância não, mas a falta de dedicação mesmo. Que que eu posso fazer se preferia namorar a ter amigos? Aí, quando você vê, nem na sua classe de-todo-dia, nem nos seus amigos "antigos" você encontra alguém, alguém pra quem você possa telefonar, por exemplo. Na verdade, nem o número de telefone deles eu tenho mais! A Academia de Letras, por sua vez, fornece amigos mais momentâneos, meio que os amigos "de balada", ou não, mas amigos menos íntimos, daqueles que você morreria de vergonha de ligar bêbada e dizer "eu te considero pra caralho". Telefono mesmo só pras Marocas ultimamente... Triste não ter amigos na agenda do celular né? Amigos, na verdade, acho que eu tenho muitos. Ou tenho feito muitos ultimamente. O pessoal do Vacamarela, considero amigos já. Gosto demais, quero bem, sou fácil de agradar! Agora, só posso mesmo ligar bêbabda pra poucos... è isso que acontece quando não se cultivam as amizades, não se pode ligar bêbada pras pessoas, e aí eu me lembro do Pequeno Príncipe. Não, não estou concorrendo a Miss de coisa-nenhuma, mas convenhamos que esse livro é fantástico. A raposinha dizendo que temos que ser cultivados é lindo demais. Jantar com as Marocas, cerveja, confissões e risadas, é esse o meu cultivo, é essa minha tentativa. Há três anos que eu não sei o que é ter uma amiga mulher, com quem você pode conversar sobre Nietzsche e sobre as unhas quebradiças. Sobre Pessoa e sobre a roupa do casamento. Sobre a vida e sobre o nada. Bêbada sobre o quanto eu a "considero pra caralho".
Marocas, sou grata que meu Karma pôs alguém tão fantástica no meu caminho.
Um beijo

4 comentários:

Anônimo disse...

Snif, snif, snif!!! Marocas são muiiiito sentimentalóides e manteigaderretidas! Sei que você já sabe, mas eu te amo também, pequeña, mesmo nossos papos fazendo o Sr. Gaia Ciência revirar no túmulo.

Beijos mil!

Mauricio Schuartz disse...

Love u and miss u!!!
Como vc ousa nao me citar nesse seu post??? So pq eu to ha 10000 Km ha quase 7 meses???
Still miss u so much shmoukalitas!!!
bezitos
kqi

Anônimo disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Anônimo disse...

A Maldição do Coelhinho
"Deve postar no blog uma lista de 6 coisas que as pessoas não sabem sobre você ou suportar um ataque de um coelho gigante com um tiro na cara, igual ao Donnie Darko, quando você estiver lavando os cabelos de olhos fechados. Depois, tem que repassar a praga para 6 blogueiros."