02 junho 2009

103

eu nunca gostei de James Blunt... achava que a voz dele era meio "miada" e que a música era ruim...

mas esse single me conquistou total, e o clipe é bem bom, fazia tempo que eu não achava um clipe bom... são todos de rappers e mulheres peladas, visualmente explícitos, mas não elaborados... e love love love é um clipe lindo!

I'm not looking for us, and neither should you
absolutely gorgeous
then nothing I say is true
you won't find yourself in these guilty eyes.

'cause I love anybody who's fool enough to believe,
and you're just one of many who broke their heart on me
and so I say I don't love you,
though it kills me.
It's a lie that sets you free

love love love
I can't take your love love love
and so I say I don't love you,
though it kills me.
It's a lie that sets you free

I will wrap my body in other women's arm
make love in a hurry
feel better than I am.
Hope you find yourself in someone else's eyes

'cause I love anybody fool enough to believe,
and you're just one of many who broke their heart on me
and so I say I don't love you,
though it kills me.
It's a lie that sets you free

love love love
I can't take your love love love

and so I say I don't Love you,
'cause I love anybody fool enough to believe,
and you're just one of many who broke their heart on me
and so I say I don't love you,
though it kills me
'cause it's a lie

'cause I love anybody fool enough to believe,
and you're just one of many who broke their heart on me
and so I say I don't love you,
though it kills me.
It's a lie that sets you free

It sets you free

01 junho 2009

102

acabei de assistir algo que me tirou do sério.
ao final do vídeo, uma voz em off pergunta:

você disse?
eu te amo.
eu não quero mais viver sem você.
você mudou a minha vida.
você disse?
faça um plano, estabeleça um objetivo, trabalhe para alcançá-lo.
mas, de vez em quando, olhe em volta, absorva.
porque é isso. tudo pode acabar amanhã.

eu não me relembro o suficiente da fragilidade da vida, e que a gente pode acabar sem nunca ter dito coisas importantes.

mas, da minha parte, eu disse, e as conseqüências não importam aqui.

e você, disse?

31 maio 2009

101

Love Conquers All


frase muito bonita e tudo, mas é mentira. Amor assim é coisa de novela da globo, de filme de Hollywood (e Bollywood também, ainda que daquele jeito estranho, cheio de dancinhas), de seriados novaiorquinos sobre 6 amigos que, no final, encontram suas respectivas almas gêmeas, de músicas românticas cantadas pelo Wando e livros da Jane Austen...


amor de verdade é algo totalmente diferente do que todos os meios de arte e mídia imprimem na nossa cabeça desde que nascemos. Exemplo prático: o casal da famosa foto do Doisneau, tirada em frente a prefeitura de Paris, é um ícone do Amor. Namorados se presenteiam com quadros dessa imagem, apaixonados usam como plano de fundo de seus computadores, mulheres românticas tentam imitar a pose (ainda que seja no Viaduto do Chá, em frente ao Matarazzinho). Um porém, todos se esquecem que aquele casal se separou e nunca mais se encontrou até o leilão da fotografia original!


o que é mesmo, então, que o amor conquista? Se não é felicidade eterna, fidelidade eterna, ou algo eterno, a conquista não parece um grande acheivement. Sei que amor pode vir em muitas formas, mas nenhuma é incondicional, resistente a qualquer intempérie, à prova de balas. Por que, então, pintam esse Amor com a maiusculo como a única solução, o conquistador de tudo? Para que serve essa construção de Amor invencível?


As pessoas têm de acreditar em alguma coisa. Podiam ter escolhido ódio, raiva, vingança, inveja. Decidiram, não sei quando, que o grande protagonista dos nossos períodos de busca seria o Amor. É a ele que recorremos, é ele que queremos e desejamos e almejamos para nossa vida. Only for what? Sofrimento. São irmãos gêmeos. O meu cinismo me impede de ver algum tipo de amor sem um down side. Todo amor implica em perda, em sacrifício, em dor, mais cedo ou mais tarde. E todo amor tem data de validade. Todo. Sem exceção.


Não, nem me venha com a história dos seus avós que estão juntos e apaixonados pelos últimos 60 anos. Isso se chama conveniência. Sim. Amizade, cumplicidade, comodismo, preguiça, escolha o seu substantivo. Amor, do jeito que me ensinaram nas histórias de lived happily ever after nunca vi. Amor tem um ar tão mágico, místico, inexplicável. Só se sabe quem sente, não dá pra explicar. BULL-SHIT. Se você sente, como animal racional, consegue descrever. Assim como um médico consegue identificar um ataque do coração pela descrição da dor que o paciente faz. Amor deveria ser diagnosticável.


Ah, se eu já amei? Já falei “eu te amo” sim, já senti aquela sensação indizível de, … de, … de que? Sei lá. Se eu amo meus pais? Claro. I'm supposed to. Minha irmã? Obviamente! Então explica! Nem tem como. Às vezes eu amo, às vezes odeio. Amor é o oposto de ódio então? Deve ser, já me perdi no meu próprio raciocínio e no meu próprio cinismo ilimitado...

27 março 2009

100

este é o centésimo post do blog, que anda abandonado... vamos ver se, com o centenário, a gente resgata isso aqui.

24 março 2009

empoeirado

torpor

desperta no ímpeto planejado
crueldade das palavra que se espalham com o vento
vento fogo folha seca queima

eu trago à tona o pior em você, sem saber, esperando que cada letra não se torne mais
uma arma contra mim

cada elo contaminado doentiamente
fui eu que incubei

desespera-se o silêncio, imploro para que o universo para de se expandir
mas o universo continua se expandindo
e eu já não posso mais impedi-lo

todos se sujam
já não há mais vacina
só o imprestável desperta

22 março 2009

empoeirado

amory se deu conta de que seus interesses estavam ligados aos interesses de uma certa pessoa, mutável, variável, cujo rótulo, a fim de que seu passado sempre pudesse ser identificado com ele, era Amory Blaine.
ele caracterizava-se como um jovem de sorte, capaz de infinita capacidade para o bem e para o mal.
não se considerava uma "personalidade forte", mas confiava em sua facilidade (aprender coisas com rapidez) e em sua mentalidade superior (ler uma porção de livros profundos).
orgulhava-o o fato de que jamais poderia vir a ser um gênio da mecânica ou da ciência.
não lhe era impossível galgar qualquer outra atitude.


F. S. Fitzgerald - Este Lado do Paraíso