27 agosto 2007
26 agosto 2007
Pedido
Como vocês sabem, eu e a Marocas postamos às terças-feiras no blog Tantaprosa. O post da semana passada foi sobre a dificuldade que as mulheres têm de pedir, com todas as letras, o que querem aos homens.
Bom, nessa linha, ontem Victor comentou que o Xico Sá, no seu blog, também falou sobre esse assunto. E hoje ele me mandou o texto, muito bom, que reproduzo aqui, com os devidos direitos autorais...
A ARTE DE PEDIR
Uma das maiores virtudes de uma fêmea é arte de pedir.
Como elas pedem gostoso, como elas são boas nisso. Resistir, quem há de?
Um simples “posso pegar essa cadeira, moço?” vira um épico. É o jeito de pedir, o ritmo da interrogação, a certeza de um “sim” estampado na covinha do sorriso.
Pede que eu dou. Pede todas as jóias da Tiffany´s, minha bonequinha de luxo. Estou pedindo: pede!
Eu imploro, eu lhe peço todos os seus pedidos mais difíceis. Não me pede nada simples, faz favor, please. Já que vai pedir, que peça alto. Você merece, uma mulher como essa não tem preço.
Um concerto de Iggy Pop, bem longe? Te levo.
Amor sincero? Fácil, fácil.
Fidelidade? Acabo de criar o seu exclusivo cartão de milhagem.
Como é lindo uma mulher pedindo o impossível, o que não está ao alcance, o que não está dentro das nossas posses. Podemos não ter onde cair morto, mas damos um jeito, um truque, 12 vezes sem juros, no pré-datado, no cheque sem fundos.
Até aqueles pedidos silenciosos, quando amarra a fitinha do Senhor do Bonfim no braço..., são lindamente barulhentos.
Homem que é homem vira o gênio da lâmpada diante de uma mulher que pede o impossível.
Ah, quero o batom vermelho dos teus pedidos mais obscenos. “Amor, posso te pedir uma coisa? Posso mesmo?”
Flores de helicóptero? Como na filosofia do pára-choque, o que você pede chorando que não faço sorrindo?!
Pede, benzinho, pede tudo.
Que eu largue a boemia, pare de beber e me regenere???
Pede, minha nega, que o amor tudo pode.
Mesmo as que têm mais poder de posse que todos nós não escapa de um belo pedido.
Com estas, as mais poderosas, tem ainda mais graça. Elas pedem só por esporte ou fetiche, o que não lhes comprometem a pose e muito menos a independência futebol clube.Não é questão de poder ou dinheiro. O que importa é o pedido em si, o romantismo que há guardado no ato.
Eu lhe peço: me pede.
Não pede mimos baratos, pede atenção, por exemplo, essa mercadoria tão cara ao mundo das moças. Pede, amorzinho, pede gostoso, sou o senhor das tuas demandas.
Xico Sá
Postado por Julia às 18:02 2 comentários
21 agosto 2007
Tem dias...
Nesses momentos de transição eu me sinto como numa estação. Desembarcando de algum lugar pra ir pra outro melhor. Acordando de um sonho e encarando a realidade. Nesses momentos de transição é tudo passageiro, porque uma hora a gente tem que embarcar, a gente chega a algum lugar e fica, vive, experiencia e quando quiser, parte. São os famosos "ciclos". Só não gosto dessa palavra porque ciclo me lembra círculo, e andar em círculo significa voltar sempre pro mesmo lugar.
Postado por Julia às 00:28 4 comentários
17 agosto 2007
Há dez dias que eu não posto nada. Assim como o blog, tenho estado vazia nesses últimos tempos... Não de conteúdo, mas de coisas que valham a pena ser externadas... Andei um caminho muito árduo nos últimos dias, de auto-conhecimento, encontrando verdades duras e angústias grandes. Analisando meu caminho, olhando pro futuro, pesando minhas escolhas até aqui, especulando sobre as que virão.
Acho que cheguei no fundo do poço. E daqui há sempre uma boa perspectiva: não dá pra ir mais fundo, de agora em diante é só subir. Ou não, pode-se também ficar estacato onde se está, chafurdando numa água turva e confusa. Mas prefiro a visão mais otimista que prevê a ascenção... Sei que desse limbo eu saio, pra tomar decisões, fazer escolhas, determinar o passo.
Afora assuntos deprimentes de ordem interna, há sempre felicidade no mundo. Fim de semana passado a Cau e o Marcão casaram! Foi tudo muito lindo, muito bom. A capela, a cerimônia emocionante, a festança farta de comida, bebida e risadas!
Começou com a viagem de carro pra Ribeirão Preto (naturalidade da noiva), que foi bem cômica, considerando as personagens: Gege (dirigindo), Manu, Carol Marossi (escondida à direita), Dan e eu.
Chegando na cidade, o parto que foi achar o hotel fica à parte. Nos arrumamos para o casório, fomos para a capela numa van. O Gus, o Vina, a Luisa e o Caio estavam no mesmo hotel que a gente, eu dei uma de agente de viagens e organizei nossa estadia.
(vina na van tirando fotos e manu com ares de estrela de cinema!)
Houve uma cerimônia linda (chorei muito, e a Carol também...), o Marco e a Cau estavam radiantes, os pais deles também. Foi tudo muito bonito mesmo. Mas pulemos pra parte da festa que foi a mais divertida. Primeiro que tinha muita comida. MUITA. E também muita bebida (tomei taaaanto espumante!)
(queridas Ju, Manu e Carol - amo!)
A festa foi ótima, a gente ganou aqueles brindezinhos, mas não aqueles iguais a todos os casamentos, tinha colar de havaiana, chapéu de palha de sambista para os homens e umas flores de cabelo lindas pras moças...
Abaixo, foto minha com o noivo....
Na manhã seguinte acordamos pra pegar o café da manhã do hotel. Depois da festança, pra curar ressaca, fomos ao pinguim beber chopp!!! Almoçamos lá, passamos num restaurante onde estavam almoçando as famílias dos recém-casados e voltamos pra São Paulo. Foi um fim de semana divertidíssimo, ficou pra história!
Ps: detalhe pra Manus enlouquecidas na volta da viagem depois de comer fandangos e ficar atacada como um gremilin por causa dos corantes artificiais!!!
Postado por Julia às 00:18 0 comentários
07 agosto 2007
De novo o Sarau
Aqui vai a programação completa do Sarau da Vacamarela
Lançamento do número 6 do Jornal O Casulo + Sarau vacamarela
dia 10/08 - 19h30
Programação
19h30 - abertura com o poeta Marcelo Montenegro.
20h00 - sarau vacamarela (Celso Borges e Carol Martins lêem poemas do grupo vacamarela com intervenções do músico Rafael Agra).
20h30 - dois pocket-shows com os músicos Kadu Ayala, e depois, Vinix Leite.
21h15 - sarau aberto ao público. Para participar, inscreva-se na entrada do auditório.
Biblioteca Alceu Amoroso Lima
R. Henrique Schaumann, 777 (esq. com Cardeal Arcoverde)
Na ocasião, haverá distribuição gratuita do número 6 do jornal O Casulo, que traz uma entrevista com Zeca Baleiro, poemas de Angélica Freitas, Marcelo Montenegro e Ronald Polito, e imagens de Luli Penna e Francisco dos Santos.
Espero todos por lá... Múúú!
Postado por Julia às 22:37 1 comentários
06 agosto 2007
Sarau: Vacamarela!
Há alguns dias sem postar, venho com uma boa notícia. Essa sexta teremos um Sarau na Alceu de Amoroso Lima, com atores, músicos, comes e bebes, etc. Um sarau aberto para o lançamento da Sexta Edição do jornal de poesia, literatura e afins - O CASULO.
Além disso, nesse sarau, será lançada, também a Associação sem fins lucrativos Vacamarela, um apanhado de pessoas que organiza diversos eventos literários em SP, inclusive o próprio Casulo, e a Flap, que se reuniram mais organizadamente nessa associação.
Ah, pro lançamento d'O Casulo 6 contamos com o apoio da Prefeitura de São Paulo, pela Secretaria Municipal de Cultura, com o apoio do VAI - Valorização de Iniciativas Culturais, da Casa das Rosas e do Observador Cultural .org.
Passados os informes cabíveis, vai um trecho de um poema do maior poeta...
Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer,
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura...
Postado por Julia às 13:48 0 comentários
01 agosto 2007
Happy birthday to you!
Hoje é aniversário do meu papai, 01/08... Um leonino muito simpático, careca, magrelo, caladão e muito amoroso. Meu papai é foda. Parabéns pra ele, pelos 56 anos. Fomos jantar num restaurante italiano que chama Pasquale, uma delícia, tomamos vinho, comemos muito, teve direito até a fatia de bolo de chocolate com velinhas... É sempre bom comemorar...
Até uns 6 anos de idade eu adorava fazer aniversário. Minha mãe, coruja que era com a primeira filhinha, fazia aquelas festas no salão do prédio onde morávamos, com direito a mesas temáticas. Cada ano era uma princesa ou um filme da Disney...
Até que eu entrei na primeira série primária. Nasci no dia 26 de dezembro, na verdade nas primeiras horas do dia 26. Foi um presente de Natal meio retardado. E por isso, todos os meus aniversário caem nas férias de verão. Ou seja, sempre passava com a família no interior, na ressaca do Natal.
Ninguém aguentava comer mais nada nem beber, e eu sempre ganhava um presente só... Se fossem presentes que valessem por dois, ainda vá lá, mas nunca ganhava nada especial! Claro que meus pais me davam presenteS e meus avós e meu tio Miguel (irmão da minha mãe). Eu era sempre a criança traumatizada pelo aniversário...
No Natal que eu fiz 15 anos, haviam preparado uma comemoração lá em Rolândia, famigerada cidade já citada em posts anteriores, onde eu sempre passo essa época do ano. A gente ia num restaurante, a família toda (é enorme, minha avó tem 8 ou 9 irmãos, eu sempre perco a conta), ia ter bolo e parabéns, nada daquelas comemorações xoxas pós-ceia-do-dia-25 que sempre tinha torta de frango, sorvete e torta de morango (a torta de morango ainda era boa, minha preferida).
Acontece que, alguns dias antes do dia 24, o irmão da minha avó faleceu num trágico acidente de carro. O coitado do tio Toninho era um dos irmãos mais novos, bem querido por todos. E cancelaram minha festa. Que seria surpresa, se minha mãe não tivesse, no dia do meu aniversário, quando ninguém apareceu no jantar da torta de frango na casa da minha avó, me contado que eu tinham planejado uma festa legal que não ia mais acontecer. Coitada de mim, mas mais coitado do Tio Toninho.
Eu sempre me sentia assim nos meus aniversários... Acho que agora já me acostumei, não é?
Postado por Julia às 23:08 0 comentários