Rose from the dead?
No, just from the ICU...
O blog ainda não morreu... ainda. Se bem que esteve correndo risco de morte nos últimos meses né? Isso que dá trabalhar por um salário ridículo.
Voltando ao objetivo do blog, posto alguns poemas do Estimado Cliente, livro do Rodrigo Flores, que eu traduzi e que provavelmente vai sair pelo Demônio Negro.
I.
Que quiçá dizer distância
seja a maneira de
enclausurar a
distância
a maneira do quiçá
da clausura
Que quiçá representar
a distância
seja impossível na Cidade
porque esta retém
as clausuras
em compartimentos de
impossibilidade
em maneiras claudicantes
em reiterações de quiçás
que não de afirmações
que não de figuras ou figurações
que não de legitimidade
mas de revestimentos
de dúvidas que são quiçás
Não dúvidas
senão discursos da dúvida
módulos do não
edificações do não
É dizer
figurar a distância
sua plenitude
é uma
imagem contingente
revestimento opaco
recorrente
tralha mística
Um caminhar é a distância
Uma imagem do pedestre é a distância
Uma negação da imagem do caminho é a
distância
A clausura do não do que caminha é uma
representação da Cidade
II.
Se procede a dizer que
a distância é a distância
é a distância um país Se procede
a omitir que um país não tem corpo
tem distância Corpo ausente Se
procede a representar um país
corpo ausente
distância
ausência de representação
Se procede
a corporificar
uma representação
um país
a distância
Carpe Diem
procede a se ausentar
centro da Crueldade
III.
Haverá que reconsiderar
As projeções
da distância
sobre o corpo
Haverá que projetar
as reconsiderações
os corpos
os elementos da distância
suas plenitudes
seus módulos de dizer e calar
seus procedimentos
claudicantes
seu Quiçá
IV.
A distância não é
Distância Com
tém migrações
corpos países
reiterações
de módulos do Não
quiçá legitimações
de impossibilidade
quiçá
Não
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