10 setembro 2007

Porque hoje é sábado (era quando escrevi)

Hoje é sábado, amanhã é domingo, e eu estou aqui escrevendo, plagiando o Vinícius (de Moraes, não o Davidovitch, que é sempre bom esclarecer caso haja egos inflados por aí...).

E ninguém mais apropriado que o mulherengo mais famoso do Brasil para ser o muso-inspirador dessa coluna semanal. Adoro o Vinícius, porque além de mulherengo, era o maior beberrão (diga-se de passagem, característica que muito se assemelha a esta colaboradora que vos escreve).

Mas voltando ao tópico (se é que ele existe) vou falar de “relações pessoais”. É claro que esse assutno pode ser muito estimulante, como pode ser escasso. Sobre relacionamentos, não que eu seja uma conselheira amorosa certificada pela Associação dos Desiludidos, mas acho que posso às vezes apontar uma luz no fim do túnel para alguns desesperados. Ou não, e apenas dar o empurrãozinho pra pular da ponte, nunca se sabe o que os discursos honestos femininos podem fazer com alguém mais sensível.

Principalmente quando se fala de homem. “Os bares estão repletos de homens vazios”. E o poetinha estava certíssimo. Me pergunto como vocês, cuecas, são capazes de, às vezes, ser tão vazios. Não, queridos homens, não pulem da ponte. Pelo menos não ainda!!! Não é um ataque amargurado a ninguém, nem discurso de ressentimento. E não é uma generalização. É uma constatação do óbvio, como diria Ana Rüsche (plagiando o Paulo Ferraz).

Um exemplo clássico de homem esvaziado é o tipo mulherengo que eu apelido de “metralhadora sem bala”. É capaz de atirar pra todo lado, mas acaba não acertando ninguém. Eventualmente até pode acertar um alvo... Mas o mais comum é que ele seja acertado pela moça mais moderninha que se arriscar.O fracasso desse 'tipo' se dá, principalmente, quando as investidas são entre moçoilas de um mesmo círculo. É bem vazio mesmo achar que a moça-alvo não percebe a falta de exclusividade das cantadas, e pior, achar que se ela percebe, o atirador ainda tem chances tem sucesso com algumas das convives.

O pior meeeesmo é quando o metralhador não desiste, e começa o assédio... Assediar a moça-alvo numa tentativa desesperada é bem comum. E patético. Como achar que se conquista uma senhora (das respeitáveis) passando a mão na bunda? Tudo hipoteticamente falando, é claro.

Tem também o desdém... Desdenhar o alvo quando ela fala, muito lucidamente, da falta de critério do atirador, afirmando que mulher nenhuma (das respeitáveis) quer homem que atira pra todo lado... Aí desdenha, achando que se fizer pouco caso a moça cede. Cede nada!!! Quem desdenha quer comprar já diria Esopo.

E tem até a negação... “Não, não, nunca dei em cima!”. Deixe, deixe, a gente sabe que deu. E sabe que quer!Tem quem diga que a necessidade de disseminar (literalmente falando) a espécie que move o metralhador-vazio pra todos os lados. Eu particularmente acho desculpa esfarrapada pra aumentar as possibilidades de se dar bem com um mínimo esforço. Não se empenha com ninguém, mas tenta com todo mundo.

O que esse tipo não percebe é que, no fim, as possibilidades de acertar um alvo sendo um franco-atirador são muito maiores. Ainda que o franco-atirador tenha muito mais trabalho (e paciência) na conquista da moça, sua taxa de sucesso deve ser muito superior à de uma metralhadora sem balas...

Mas isso é só empirismo. Um dia ainda vou provar cientificamente as vantagens de ser franco-atirador...

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